Grupo BEL aposta no futuro da informação com apoio a jovens jornalistas

O Grupo BEL, liderado por Marco Galinha, acaba de lançar a Fundação DN‑BEL, uma iniciativa que pretende reforçar o jornalismo independente em Portugal e promover a literacia mediática junto das novas gerações. O anúncio foi feito através das redes sociais do próprio empresário e amplamente noticiado nos principais órgãos de comunicação, sublinhando a intenção clara de apoiar jornalistas em início de carreira, fomentar leitores mais críticos e preservar a memória histórica do país.

Entre os principais eixos da fundação está a criação de bolsas de estudo destinadas a jovens jornalistas que desejem continuar a estudar e a trabalhar em território nacional. Trata-se de uma aposta concreta no talento emergente, numa altura em que a imprensa nacional atravessa uma fase de instabilidade, quer pela perda de receitas publicitárias, quer pela quebra na confiança do público. A Fundação DN‑BEL posiciona-se, assim, como um motor de regeneração e estímulo para a renovação das redações portuguesas.

Outro pilar central da nova fundação é a promoção da literacia mediática. Numa era em que a desinformação circula à velocidade de um scroll, a capacidade de distinguir factos de opiniões, notícias de propaganda, é uma competência essencial da cidadania. A DN‑BEL quer contribuir para uma sociedade mais informada, consciente e ativa, promovendo programas e recursos que ajudem os leitores, especialmente os mais jovens, a interpretar de forma crítica os conteúdos que consomem.

A par disto, a fundação irá apoiar projetos jornalísticos independentes que valorizem a diversidade de vozes e a coragem editorial. Este impulso reveste-se de particular importância num cenário em que várias redações enfrentam cortes, dependência económica e pressões externas. A pluralidade e o espírito crítico são pilares da democracia e, por isso, o reforço de meios alternativos ou emergentes ganha aqui espaço institucional e visibilidade.

Não menos relevante é o facto desta iniciativa partir de um grupo com forte presença nos media portugueses. O Grupo BEL detém participações no Global Media Group, responsável por títulos como o Diário de Notícias, a TSF e o Dinheiro Vivo, e tem vindo a posicionar-se como um ator influente no setor da comunicação. A Fundação DN‑BEL surge, assim, como um gesto com peso simbólico e estratégico, no qual se afirma uma visão de longo prazo para o jornalismo, baseada em liberdade, profissionalismo e responsabilidade social.

Apesar do anúncio, ainda não foram divulgados os valores exatos das bolsas, os critérios de atribuição, nem o calendário concreto das ações previstas. Espera-se, no entanto, que estas informações venham a ser publicadas em breve, à medida que a fundação se estrutura e lança os primeiros programas no terreno.

Em síntese, a criação da Fundação DN‑BEL representa um gesto concreto de investimento no futuro da imprensa portuguesa. Ao conjugar apoio a jovens jornalistas, promoção da literacia mediática e incentivo ao jornalismo independente, esta iniciativa posiciona-se como uma resposta estruturante aos desafios atuais da informação. E, sobretudo, como um sinal de que ainda há quem acredite que um jornalismo livre, plural e corajoso continua a ser essencial para uma sociedade que se quer justa, consciente e crítica.

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