Daniel Marburger: O CEO que enfrentou a corrida de gravilha mais selvagem do Mundo
Durante quatro dias, entre 17 e 20 de junho, mais de 600 quilómetros de estradas empoeiradas, calor abrasador, altitudes traiçoeiras e vida selvagem em liberdade testaram os limites dos participantes da Migration Gravel Race, no coração da reserva natural de Maasai Mara, no Quénia. Entre os atletas estava Daniel Marburger, CEO da StoneX Bullion, uma das principais plataformas europeias de investimento em metais preciosos, e um apaixonado por desafios extremos.
Do mundo financeiro à savana africana
Para muitos, liderar uma empresa de sucesso já seria um desafio diário suficiente. Para Daniel, não. A vontade de testar os próprios limites levou-o até África para participar naquela que é amplamente considerada “a corrida de gravilha mais dura e selvagem do mundo”.
“A Migration Gravel Race estava na minha lista de objetivos há algum tempo. É remota, bela e brutal — combina aventura, competição e uma imersão cultural única. Para quem, como eu, gosta de ciclismo e de se pôr à prova, o Quénia representa o desafio máximo”, explica-nos.
Treino, resiliência e foco: a preparação de um CEO-atleta
A preparação foi tudo menos casual. Daniel treinou entre 12 a 15 horas por semana durante vários meses, combinando treinos longos de bicicleta com trabalho de força, adaptação à altitude e uma alimentação altamente controlada.
“A corrida exige tudo de ti — corpo, mente e espírito. Cada etapa é intensa. Gerir a recuperação é tão importante como o desempenho em cima da bicicleta”, afirma.
Mas como se treina como atleta de elite enquanto se gere uma empresa global?
“Disciplina e estrutura. Na StoneX Bullion temos uma cultura de alto desempenho. Isso permite-me organizar o meu tempo com clareza e treinar de manhã cedo ou ao final do dia sem comprometer a liderança. Aliás, acredito que o desporto de resistência me torna um CEO melhor. Ensina-te a manter o foco, a gerir a pressão e a pensar estrategicamente.”
Paisagens de cortar a respiração e lições para a vida
A corrida não defraudou expectativas. “Foi ainda mais exigente do que imaginei, mas também mais recompensadora. Todos os dias pedalei entre paisagens de cortar a respiração, entre girafas e zebras, por trilhos de terra vermelha que pareciam não ter fim. A exaustão misturava-se com admiração pura.”
E quando surgiam os momentos mais difíceis?
“Aprendes a fragmentar o percurso mentalmente: respira, alimenta-te bem, encontra o teu ritmo. E o espírito de entreajuda entre ciclistas faz toda a diferença — nunca estás realmente sozinho.”
Muito mais do que uma corrida
Mais do que a dureza física, o CEO da Stonex Bullion regressou a casa com uma nova perspetiva: “Esta experiência reforçou em mim a ideia de que o desconforto é passageiro, mas o crescimento é permanente. Não precisas de condições perfeitas — precisas de compromisso. Voltei com mais respeito pela simplicidade, pela natureza e pelo poder da comunidade. Esta corrida não é só uma competição: é uma viagem de autodescoberta.”
Na vida e no ciclismo, Daniel Marburger pedala com convicção. E prova que, às vezes, para liderar bem, também é preciso estar disposto a suar, cair, levantar-se… e seguir em frente.