Estrela de África: Angélique Kidjo brilha no coração de Hollywood

Angélique Kidjo, a lendária cantora do Benim e ativista global, acaba de alcançar um marco histórico: vai tornar-se a primeira artista africana negra a receber uma estrela no prestigiado Hollywood Walk of Fame. O anúncio, feito no dia 3 de julho de 2025, confirmou o que já parecia inevitável — a consagração de mais de quatro décadas de carreira, com 16 álbuns lançados, cinco Grammys e um legado humanitário impressionante.

Nascida em 1960 em Ouidah, no Benim, Kidjo começou a cantar com apenas seis anos, influenciada pela mãe e pelo pai músicos. Em 1983, mudou-se para Paris e rapidamente se distinguiu por fundir ritmos africanos com soul, jazz, funk e afrobeat, do álbum Parakou (1990) ao aclamado Djin Djin (2007), vencedor de Grammy.

A sua estrela na “Walk of Fame” junta-se a nomes icónicos como a sul-africana Charlize Theron, a primeira africana branca a receber este reconhecimento, mas Kidjo torna-se assim a primeira artista africana negra honrada neste símbolo de influência cultural global. A cerimónia, que ainda não tem data marcada, deverá ocorrer nos próximos dois anos .

Além da música, Angélique Kidjo é conhecida pelo seu ativismo social. Desde 2002 é Embaixadora da Boa Vontade da UNICEF e da Oxfam, tendo fundado a ONG Batonga para apoiar a educação de meninas em África. A importância deste reconhecimento, portanto, vai muito além do palco: Kidjo representa uma voz africana, feminina e ativa, simultaneamente artista e agente de mudança.

Em suma, Angélique Kidjo continua a inspirar-nos ao provar que é possível conquistar palcos do mundo sem renegar as próprias raízes. A estrela no Passeio da Fama é apenas mais um marco numa história de talento, coragem e persistência. E, mais do que isso, é um farol: para África, para as mulheres, e para todos os que acreditam num mundo mais plural e diverso.

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